Penélope era uma garota doce. Riso fácil, humor leve,
sorriso grande... mas sabia ser mandona e sutilmente amarga quando fosse
preciso.
Penélope amava o sol, amava dias nublados, amava a chuva
escorrendo pelos seus cabelos.
Amava ser querida, amava ser abraçada, amava ser amada.
Penélope era uma garota linda. Ruiva, olhos verdes, leves
sardas nas maçãs do rosto. Era meiga, delicada, decidida! Andava parecendo
dançar, entre passos de nuvens, entre sonhos acordados. Viciada em leitura, em
amores fictícios, fantasias exuberantes, dramas chorões... amava viajar,
fisicamente e mentalmente. Gostava de cheirar seus livros, de ficar observando
as capas dos seus romances preferidos, poderia ficar um bom tempo apenas
olhando uma capa de livro, acariciando com dedos leves e pensando em tudo que
estaria guardado naquelas folhas que aquela capa protegia, apenas para depois
devolver o livro à sua estante, sem ler uma palavra.
Penélope amava si mesma. Amava o tempo que tinha para si
mesma. Adorava pensar em tudo quando estava sozinha, Penélope era uma
sonhadora. Amava o frio e sua criatividade ao frio amava. Um dia frio era seu
melhor dia, mas também sabia se sentir bem nos verões quentes de tardes
escaldantes.
Seu segundo vício era a musica. Era uma garota mais feliz
quando acompanhada de boa música. Sem rótulos, sem gêneros. Penélope sentia a
musica muito mais do que a ouvia.
Penélope era uma garota incomum. Dessas que não se
encontra por aí. E aqui você pensa: “Mas todos dizem isso!”, mas nenhuma outra
frase poderia resumi-la tão bem, apesar de o fato de tentar resumi-la em uma
sentença fosse um desperdício. Penélope merecia mais do que meros resumos. Na falta
do vocabulário correto, preferia o silêncio.
Penélope era uma garota chorona. Chorava de alegria,
chorava de felicidade, chorava de ansiedade, chorava porque queria chorar. As
pessoas diziam que ela tinha herdado da mãe...e ela sabia disso. Ela amava um
colo sincero, um gesto de afeto, um sorriso aberto, por isso fazia de tudo para
que todos ao seu redor se sentissem assim, contagiados com a sua luz própria.
Amava que a fizessem bem, tanto quanto amava fazer bem a
alguém.
Era uma garota com defeitos, sim. Mas defeitos eram
desfeitos, quando depois de feitos ela sorria pedindo perdão. Era madura,
durona, mas as vezes tinha medo do futuro.
Penélope seria o fruto de um grande amor. Mas hoje ainda
é sonho e imaginação de alguém que sonha em ter ela na sua vida um dia.
Porque Penélope era do jeitinho que ele sempre imaginou.
Feliz!
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