terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Se o Tempo Deixar

Estamos mesmo no fim dos tempos.
Eu não. Vocês talvez!
Vocês têm é o medo em suas veias, meus caros, os vermes nos ventres,
as lágrimas nos olhos, a podridão nas mãos
e a vigília melosa nos lábios rachados, minhas irmãs!
Eu, eu tenho a raiva compulsiva destrutiva imaginária,
que beira a insanidade e barra a minha criatividade.
Eu tenho a falta da luz, o horror, a calamidade,
a frieza e a complexidade do amor que nunca existiu.
Eu tenho a pena, a paixão, o caderno e o leitor.
Vocês chamam de vida, eu chamo de publicidade alternativa.
Crio termos e desavenças, mas explico as tais descrenças,
pois eu sou apenas o Humano que pretende ser o Ser.
E meu amigo, não me entenda, senão a graça se vai,
afinal o fim dos tempos trouxe ao tempo o seu fim.

Um comentário:

  1. É, e com o fim dos tempos, quem te dirá se você foi capaz ou não de mudar, se ter um valor inegavelmente diferente de vermes...a resposta está no seu caderno. Atente-se ao ler amigo, pois minha mão cheia de sangue seu não foi em vão!


    ae...brisei! se cuida gui!


    Dammien

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