terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Fogos de Artifício

E a contagem regressiva acaba, para tudo virar luzes.
O Tempo para naquele instante e o que era pra ser apenas o nascer de um dia novo, toma proporções muito maiores.
Sente-se o cheiro da pólvora que vem de todos os cantos e a fumaça brinca de ser névoa noite adentro. O Mundo é corrompido por explosões e o céu da meia-noite toma formas e cores que invadem os olhos e brilham. Brilham...
Novas promessas são feitas, enquanto as antigas e não cumpridas são esquecidas.
A palavra Felicidade vem fácil à boca, mas não toca o coração, pois não tem verdade nem amor que a sustentem. Abraços são distribuídos e são realmente abraços apertados, como somente esse dia do ano é capaz de proporcionar, como se todos os outros não valessem realmente a pena demonstrar carinho.

Pede-se amor, pede-se saúde, pede-se riquezas, pede-se descanso.
Mas o perdão é esquecido...

Nesse dia em que todos prometem o que não podem cumprir, e pedem mais do que merecem receber, eu quero apenas que a felicidade me acompanhe, mesmo que de longe em alguns momentos, pois dias nebulosos existem para serem vividos e momentos escuros chegam para serem vencidos.
Mas mesmo em meio às lágrimas o sol nasce para todos. O vento vem pra soprar as mágoas e tristezas, lembrando que pelo amor vale a pena lutar, pela vida vale a pena lutar, por alegrias e momentos felizes vale a pena lutar...
Por você!

Os fogos cessam, o céu volta à noite, e ao longe ainda é possível ouvir-se algumas explosões. O Tempo volta a andar, na verdade ele nunca tinha parado, mas em meio a devaneios, parece-me que ele me concedeu alguns minutos de sobra.

E de um canto qualquer alguém me estende a mão, me dá um abraço apertado, desajeitado: "Feliz Ano Novo!"

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