quarta-feira, 14 de março de 2012

Flores

Houve um dia em que eu achei que o resto dos meus dias seriam sempre escuros.
Novo demais, já não via mais cores pra que o céu fosse bonito, ao ponto de me tirar um sorriso.
Cru na vida. Menino ainda. Virgem para a maioria dos sentimentos.
Eu achava que sabia de tudo... sem nunca ter vivido nada.
Talvez fosse puro niilismo forçado da minha parte, talvez fosse apenas a imaturidade de uma mente voadora.

As infinitas e doídas cabeçadas que a nossa criancice nos submete, me fizeram confundir inexperiência com incompetência, e eu, fiquei a remoer atitudes perdidas e palavras arremessadas, ou não, no vazio.
Mas eu não sabia de nada, como ainda não sei de tudo.
Eu sei que as cores foram reveladas à minha visão meio obtusa da vida.
Sei que quatro anos varreram dezessete sem dó.
Me fazendo compreender que mesmo os momentos em que as flores murcharem e morrerem, outras florescerão novamente. No seu Tempo, na sua beleza, florescendo em vida.

Falando em flores... nem tudo são flores conosco. Não, definitivamente não.
Mas é nesses momentos que eu percebo que é você que eu esperava.
Foi você que me resgatou do marasmo da auto-culpa , da minha omissão em ser feliz. Faltava a outra parte, faltava a quem amar de verdade. Faltava o sorriso, e também as lágrimas, pois o que é a vida e a felicidade sem algumas lágrimas? É falsidade!
É, as melhores palavras ainda estão nas mentes e frases dos poetas, mortos e vivos, mas todas levam ao mesmo destino, o mesmo sentimento. Tentam explicar a complexidade do inexplicável.
Mas agora, é mais verdadeiro o amor do que a poesia.
E lembra quando eu falei que ainda não sabia de tudo?
Do que me importa, se o que eu sei é que eu amo você?


E olhe! Uma flor se abriu em cores. E nem é primavera ainda!

Nenhum comentário:

Postar um comentário