segunda-feira, 27 de junho de 2011

Resquícios

Vida sem Tempo. Sem calor, nem emoção.
Transforma a alma em cinzas.
O Vento espalha a poeria no ar. Formando padrões que parecem sofrer.
Sentimento não tem mais significado. Como um barco no meio da lagoa. Abandonado, apodrecendo.
Esvaindo no nada.
Regado pelas lágrimas.

O sol que escureceu, assumindo o seu lado vermelho.
A razão desconhecida, pelos lamentos noturnos.
O lugar ao lado que está vazio. Necessitando de amor, no momento, implorando por afeto.
As mãos se tornaram lembranças. Os olhos um refúgio. Onde olhar lembra como a felicidade é. Deveria ser. Tinha que ser. Mas dela não há nada.

As palavras não saem quando todos querem ouvi-las.
Um tolo que implora por Tempo. Que espera a oportunidade, só para deixa-la escapar.
Ao longe as vozes são alegres. Mas ao redor elas são desprovidas de vida.
São apenas vozes sem nome, chamando para casa, aquele que não pode voltar.
Perde-se o controle sobre a sanidade. Perde-se a noção do real.
Controle, é tudo uma questão de controle. E das coisas que realmente controlam o Ser.

Não tenho nada a oferecer, não espero nada receber.
As cinzas me olham tristemente.
A música me envolve em remorso. Por quê?
A razão é desconhecida, ainda sem resposta.
Dias de erros. Noites, apenas noites.

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