quinta-feira, 30 de junho de 2011

Rubis

Por um caminho longo e escuro, segui você.
Você sabia o porque. A resposta estava em você. No seu medo. E eu te segui. Te persegui.
Tola.

Seus olhos vermelhos me hipnotizaram, já na primeira vez que os vi.
Duas gotas de sangue no meio de uma graciosa face. Eu te amei.
Cabelos negros como a noite de lua nova, contrastavam com a pele que parecia reluzir à luz das estrelas.
Quando te vi, percebi que você tinha que ser minha.

Mas você fugiu de mim.
Nunca mais fuja de mim, minha vida.

Você fugiu, mas eu sabia onde te encontrar.
Você correu, mas todas as vezes que você olhava para trás, me via a te perseguir.
Eu não te desejei mal em momento nenhum, mas você, minha vida, decidiu me deixar, quando eu poderia ter te dado o Mundo.

Entenda, eu tive que te perseguir, eu tive que ir atrás dos meus olhos de rubis. Eu não poderia deixar de te-los.
Mas você não me entendeu, quando eu disse que te amava. Você se assustou, quando soube o que eu gostava de ser nas horas escuras. Nas horas que só há trevas na Terra. Nas horas que todos dormem, e eu saia para acorda-los. E ouvi-los gritar. É pura diversão, é pura necessidade, é a vontade de vê-los agonizar.

Não, você não deveria ter fugido. E eu não suporto a ideia de você me temer, porque isso a torna igual aos outros. Presas fáceis, que se aterrorizam quando me vêem. Você, minha doce e linda vida, com seus olhos escarlates, se tornou uma preciosa presa.
Seu sangue me banhará essa noite, minha vida, pois você não deveria ter fugido de mim.  

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